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Os atributos de Deus (Teontologia)

Os atributos de Deus (Teontologia)

A) AMOR

A Bíblia declara que ?Deus é amor? (1Jo 4.8). O amor envolve afeição, mas também atitude de entrega, cuidado e correção.  Em relação ao homem, esse amor se revela no fato de Deus se permitir amar os pecadores. Isso é graça (Ef 2.4-8). O amor foi derramado no coração do cristão (Rm 5.5) e quando Deus corrige, demonstra amor pelos seus filhos (Hb 12.6,7).

Algumas características ligadas intimamente ao amor, até mesmo fazendo parte dele, são: bondade, misericórdia, longanimidade e graça.

  • A bondade divina pode ser definida como a preocupação benevolente com suas criaturas (At 14.17).
  • A misericórdia é o aspecto da bondade que faz Deus demonstrar piedade e compaixão (Ef 2.4,5).
  • A longanimidade fala sobre o controle diante das provocações (1 Pe 3.20).
  • Graça é o favor imerecido de Deus demonstrado primariamente pela pessoa e obra de Jesus Cristo (2 Tm 1.9).

O fato de Deus ser amor não é base para o ?universalismo?, ou seja, que, no final, ele acabará salvando todas as pessoas. O amor não anula outros atributos de Deus como santidade e justiça. Tal heresia é totalmente contraditória ao ensino bíblico (Mc 9.45-48).

B) ETERNIDADE

O atributo da eternidade significa que Deus não tem começo nem fim. Sua existência é eterna, tanto no passado como no futuro, sem interrupções ou limitações causadas por uma sucessão de eventos. A autoexistência de Deus está intimamente ligada com sua eternidade, pois, por não ter começo, ele não foi criado por outro, existindo por si só. A Bíblia fala da eternidade de Deus (Sl 90.2; Gn 21.33).

Uma das implicações da eternidade de Deus é que ela nos dá muito conforto, visto que ele nunca deixará de existir e que seu controle sustentador e providencial de todas as coisas e eventos está assegurado.

C) IMUTABILIDADE 

Significa que Deus não muda. Não quer dizer que ele esteja imóvel ou inativo, mas que não se altera,cresce ou se desenvolve. A Bíblia ensina sobre a imutabilidade de Deus (Ml 3.6; Tg 1.17). Um problema levantado dentro desse assunto é: ?Deus se arrepende?? (Gn 6.6). Na verdade, tal linguagem não corresponde ao que, como homens, vivenciamos no arrependimento.

Tanto a imutabilidade como a sabedoria e onisciência de Deus tornam vazias as ideias de que ele muda seus planos eternos ou que se arrepende de algo que fez. Nesse caso, o arrependimento é mais uma linguagem antropomórfica (ver Gn 6.6 no que fala do ?coração? de Deus).

Há também o problema de vermos Deus tratando fatos iguais de maneiras diferentes durante a história. Isso também não quer dizer que Deus mude, mas que ele executa seu plano para com o homem durante a história conforme seus eternos propósitos.

A imutabilidade de Deus também nos conforta e encoraja, pois sabemos que suas promessas não falharão (Ml 3.16; 2Tm 2.13). Deus também mantém sempre a mesma atitude contra o pecado.

D) INFINITUDE

Significa que Deus não tem limites ou limitações. Não é limitado nem pelo tempo, nem pelo espaço. As Escrituras descrevem essa qualidade divina (1Rs 8.27; At 17.24-28). Infinitude não é o mesmo que onipresença. A infinitude aponta mais para a transcendência de Deus (já que não está limitado pelo espaço) e a onisciência aponta para a imanência de Deus (já que está presente em todos os lugares).

E) JUSTIÇA 

A justiça está ligada à lei, à moralidade e à retidão. Deus é reto em relação a si mesmo e em relação à criação. A Bíblia muito enaltece a justiça de Deus (Sl 11.7; 19.9; Dn 9.7; At 17.31).

F) LIBERDADE

Deus independe das suas criaturas e da sua criação. Não há qualquer criatura que impeça Deus ou que o obrigue a algo. Isaías expõe a liberdade e a independência de Deus com uma pergunta retórica (Is 40.13,14). Jesus mostrou que Deus exerce sua liberdade ao executar livremente sua vontade (Mt 11.26). Isso significa que Deus é livre para tudo? Na verdade, ele é limitado apenas pela sua própria natureza.

Assim, a santidade dele o impede de pecar e a eternidade dele o impede de morrer. A perfeição de Deus não é afetada por esse tipo de limitação e sim mantida. 

A liberdade de Deus nos mostra que ele não tem quaisquer obrigações para conosco a menos que ele mesmo queira se comprometer. Desse modo, não temos qualquer direito de fazer cobranças a Deus.